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Jornadas Nacionais da Pastoral Familiar
Fátima, 16 de Novembro de 2008


ATINGIDOS PELO AMOR

O DESAFIO DA ESPERANÇA EM CONTEXTO FAMILIAR

Notas para uma reflexão

“Neste sentido, é verdade que quem não conhece Deus, mesmo podendo ter muitas esperanças, no fundo está sem esperança, sem a grande esperança que sustenta toda a vida (cf. Ef 2, 12): A verdadeira e grande esperança do ser humano, que resiste apesar de todas as desilusões, só pode ser Deus – o Deus que nos amou, e ama ainda agora «até ao fim», «até à plena consumação» (cf. Jo 13, 1; 19, 30). Quem é atingido pelo amor começa a intuir em que consistiria propriamente a «vida». Começa a intuir o significado da palavra esperança que encontramos no rito do Baptismo: da fé espero a «vida eterna» - a vida verdadeira que, inteiramente e sem ameaças, em toda a sua plenitude é simplesmente vida. Jesus, que disse de Si mesmo ter vindo ao mundo para que tenhamos a vida e a tenhamos em plenitude, em abundância (cf. Jo 10, 10), também nos explicou o que significa «vida»: «A vida eterna consiste nisto: Que Te conheçam a Ti, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a Quem enviaste» (Jo 17, 3). A vida, no verdadeiro sentido, não a possui cada um em si próprio sozinho, nem mesmo por si só: aquela é uma relação. E a vida na sua totalidade é relação com Aquele que é a fonte da vida. Se estivermos em relação com Aquele que não morre, que é a própria Vida e o próprio Amor, então estamos na vida. Então, «vivemos».”

(Salvos na Esperança, nº 27)

O que me proponho partilhar convosco tem como ponto de partida e chegada o horizonte que este número da Encíclica Salvos na Esperança tão belamente enuncia. É a ‘marca do amor’ que está na matriz da nossa condição humana: Somos porque somos amados. É essa mesma ‘marca’ que nos atrai para a plenitude: Seremos porque acolhidos no amor; É também essa ‘marca’ que nos sustenta no caminhar. E é, ainda, essa ‘marca’ que torna possível a esperança para o ser humano e para a história.

A família é muito mais do que um tempo e um espaço onde se pode aprender a fazer essa experiência (e já isto bastaria para perceber a sua iniludível importância), ela é - deveria ser, é chamada a ser - experiência dessa mesma realidade. É esta experiência, de ser ‘marcados pelo amor’, que constitui uma das suas notas mais específicas e características, bem como uma das razões mais fundamentadas para acreditar que é possível a esperança.

Na minha exposição proponho um itinerário que passa pelos seguintes pontos.

1. O ser humano como ser acolhido e reconhecido.
2. A família como estrutura de acolhimento e reconhecimento.
    2.1 Memória e comunicação.
    2.2 Espaço e tempo familiar.
    2.3 Linguagem e simbolismo.

3. O amor, gramática para ‘ousar’ dizer Deus
    3.1 O amor que Deus é.
    3.2 O amor no qual o ser humano é.
    3.3 O amor sacramento da Presença do Mistério de Deus.

4. O desafio da esperança: coordenadas para a construção de uma história mais humana

Juan Ambrosio

 

Comissão Episcopal do Laicado e Família da Conferência Episcopal Portuguesa.
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